Conectando a Web3 com o Mundo Real
A Web3 resolve tudo isso, pois o sistema em blockchain não oferece garantia em papel, mas garante segurança em criptografia
A Web3 resolve tudo isso, pois o sistema em blockchain não oferece garantia em papel, mas garante segurança em criptografia
15 de março de 2022 - 10h01
A internet descentralizada está se tornando realidade. Mas, por que precisamos dela? Esse foi o tema abordado no bate papo de Ash Bennington, da Real Vision, e Sergey Nazarov, da Chainlink. Criptomoedas, blockchain e contratos inteligentes. Será que sabemos verdadeiramente sobre a necessidade de tudo isso? Como os dados do mundo real podem ser levados para o ecossistema da Web3? E qual o potencial da internet descentralizada para um mundo baseado em “truth rather than trust” (conceito de Gavin Wood: “Menos Confiança, mais Verdade).
De acordo com Nazarov, a Web3 é a reinvenção de como as pessoas se relacionam e confiam. O jeito com o qual os usuários acreditam uns nos outros e, principalmente, nas grandes corporações hoje, é através de papéis digitais. Eles são nossas garantias, mas estão longe de nos dar segurança e, na maioria das vezes, não valem muita coisa. Essa é a crise financeira atual.
A Web3 resolve tudo isso, pois o sistema em blockchain não oferece garantia em papel, mas garante segurança em criptografia. Literalmente, trata-se de uma corrente de blocos, onde a sequência tem a informação do bloco anterior em código criptografado. É uma tentativa de descentralizar o controle de dados e oferecer total anonimato aos usuários. Nenhum dado nessa corrente pode ser alterado sem a confirmação do anterior.
Particularmente, me chamou muito a atenção quando Nazarov alertou para como o relacionamento com os bancos e financeiras em geral acontece hoje. Você na verdade não é o proprietário do dinheiro lá investido. Nós fazemos um aporte, mas é a corporação quem tem poder de decisão na entrega desse recurso. O que existe é uma promessa de que aquilo será devolvido. Achei essa informação no mínimo intrigante. Para quem ainda não teve contato prévio com o assunto, até soa a teoria da conspiração. E ele explica, discorrendo muito sobre o fato da Web3 resolver um problema que ainda nem percebemos que existe, mas isso não significa que o risco não esteja lá, em todas as nossas transações, sejam elas online ou não, até porque em algum momento elas passam pelo ambiente virtual.
Essa descentralização oferecida pela Web3 tem um significado diferente para diferentes pessoas no âmbito das finanças:
Mais uma vez, a economia hoje não funciona como deveria e algumas pessoas perceberam isso. Entenderam como funciona o backend do sistema financeiro. Por isso, precisamos dessa nova tecnologia e essa transição para criptografar o relacionamento é ótimo.
Temos a sensação ilusória de que existe um panorama de confiança com as financeiras, mas na realidade não temos. Óbvio que não sabemos onde nosso dinheiro está, fisicamente falando. Mas, ao acessar o caixa eletrônico, ele aparece, simples assim. Algumas nuances pairam no ar. O serviço funciona, mas a ameaça ainda existe. Com a Web3, eu tenho poder de controle sobre qualquer moeda, em qualquer lugar do mundo, com transparência e acesso a melhores retornos.
O assunto da palestra chamou atenção pela minha curiosidade por tudo o que envolve a Web3, mas me surpreendeu no aprofundamento das questões legais que envolvem nossas finanças. Afinal, desde sua concepção, a Web3 tem a transparência como característica irrevogável dessa nova tecnologia, o que nos proporciona deixar de lado a necessidade de confiar em boas intenções. Nos permite sair do estágio atual: uma internet que oferece serviços apenas e simplesmente na busca dos nossos dados. Poderemos navegar, consumir, investir e tantas outras coisas que fazemos online, podendo percorrer diferentes aplicativos sem que eles consigam monetizar a partir dos nossos dados e, acima de tudo, com segurança real em acordos e contratos.
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