15 de março de 2022 - 12h29
Se a ordem do dia no SXSW é a disrupção, este último domingo, 13, ficou marcado para mim como o primeiro dia de minha epifania criativa neste evento. Imerso em um ambiente que provoca inspiração por diversos eixos (conteúdo, intervenções artísticas, apresentações de startups, exposições das marcas e música) enriqueci ainda mais a minha experiência ao participar da apresentação da futurologista Amy Webb. Referência na área, ela acabou de lançar o seu mais novo relatório tecnológico para 2022 em que ela define a criatividade sob uma questão de atitude: ser criativo é ter a capacidade de ressignificar as mesmas coisas de formas diferentes, em tempos diferentes, sob óticas diferentes.
Para mim, o mais incrível desta visão é que ela horizontaliza o conceito de criatividade, fazendo com que ela possa ser aplicada nas mais diversas atividades de nosso dia a dia. Para Amy Webb, o mesmo dado e a mesma informação podem ter interpretações das mais diversas, desde que quem esteja analisando esteja realmente disposto a compreender e reinterpretar. Claro que isso não é uma tarefa fácil, pois para que essa reinterpretação seja colocada em prática é necessário a atitude de ir contra a força motriz da obviedade de nossas rotinas que nos condiciona para não mais interpretar os fatos, mas sim responder de forma automática ao famoso “é assim que as coisas são”.
Ou seja, ser uma pessoa criativa no mundo dos negócios exige coragem, determinação, musculatura e sensibilidade para reavaliar a todo momento suas estratégias, as pessoas, os processos, os resultados, entre outros aspectos.
Após compreender e refletir sobre o que a Amy quis dizer, entendi com maior profundidade quão disruptivo o evento é e como o que aprendemos aqui nos transforma para agirmos de um outro modo aonde quer que fomos. Mostrando que o evento é um amplo e contínuo exercício criativo que nos estimula das mais diversas formas a refletir padrões pré concebidos sobre tudo.
Depois deste rico reajuste de visão, continuei com novos olhos o meu dia, que começou repleto de música, ativações e seguiu com novas trocas. Já ao final do domingo, pude visitar a exposição do Banksy e entender o impacto da arte na sociedade, acompanhar as apresentações sobre inteligência artificial para possíveis investidores, participar de uma feira de protótipos e projetos em fase inicial, conhecer gente da indústria do cinema e escutar muita música nova – dos mais diversos gêneros.
E vem mais por aí!
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