Meio&Mensagem

16 de março de 2022 - 6h01

Três anos se passaram desde a última edição presencial de um dos maiores festivais de inovação, criatividade e cultura digital do mundo, o South by Southwest (SXSW), em Austin, no Texas. Nesse período, nossa relação com o mundo mudou. E apesar de já ter ido três vezes ao festival, estar tão longe de casa pela primeira vez neste novo contexto de mundo, me trouxe uma expectativa e uma curiosidade como se estivesse vivendo tudo pela primeira vez. E, de fato, foi, pois, pela primeira vez fui para o SXSW na sua versão EDU – o braço do festival dedicado exclusivamente a discutir Educação e aprendizagem -, que aconteceu ao longo dos quatro dias que antecederam a abertura do SXSW Interactive, a versão mais conhecida e pop do festival.

Fomos em busca de inspiração e com o radar ligado para possíveis sinergias com o Movimento LED, projeto lançado recentemente pela Globo e Fundação Roberto Marinho que tem como objetivo iluminar e reconhecer iniciativas brasileiras inovadoras no campo da educação.

Logo na abertura, Ron Reed, produtor executivo do SXSW EDU, celebrou a oportunidade de retomar o encontro presencial e apresentou os pilares que nortearam a curadoria da programação – e que falam, sobretudo, do enfrentamento aos desafios colocados pela pandemia e os impactos na Educação: o PODER de questionar e reavaliar decisões tomadas diariamente, seja no contexto individual ou em sociedade; a RESILIÊNCIA para enfrentar uma pandemia, a crise climática e questões sociais e reconhecer as consequências disso tudo na educação; a CURIOSIDADE como elemento fundamental para seguir em frente e expandir os limites na forma como respondemos aos desafios impostos; e a HUMANIDADE como elemento primordial da educação, ressaltando a importância das habilidades e competências socioemocionais, que servem de base para a sociedade.

Em onze trilhas temáticas, que foram desde acessibilidade, inclusão, impacto, até práticas pedagógicas, mundo do trabalho e bem-estar,  o SXSW.EDU reuniu mais de 2 mil palestras, além de sessões de conversas, mentorias, performances, filmes e competições de estudantes. E, apesar de ainda ser “tímido” em relação ao SXSW Interactive – durante os dias do festival, a cidade ainda não estava tão cheia, a entrada nas salas foi fácil, sem filas –, pensar em um encontro que se dedica exclusivamente a reunir uma comunidade de educadores, empreendedores, estudantes e criadores de conteúdo no campo da educação, por si só, já é um feito espetacular e muito potente.