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Ok! Vamos falar de metaverso

Prover espaço para que as pessoas sejam donas de suas vidas virtuais e criem o que desejarem é a grande "sacada" que as marcas precisam se atentar quando discutimos sobre o metaverso


16 de março de 2022 - 10h48

Crédito: Divulgação

A palavra mais ouvida durante o SXSW é sem dúvida essa. Muitos conteúdos tentando definir o que é esse conceito que, no fim, faz parte de algo maior: a Web 3.0 e a nova forma de nos conectarmos. 

O conteúdo que mais ajudou a tangibilizar o que vai ser esse próximo passo de interação foi a usada por Amy Webb em sua palestra. “Metaverso nada mais é do que uma ponte entre realidades”, ela disse.

Fato é que já estamos de certa forma vivendo essa dupla realidade. Nossa vida já é boa parte baseada no mundo virtual. Ouvi isso em um painel, onde uma das participantes disse: “Se hoje minha casa pegasse fogo, a única coisa que precisaria salvar é meu computador e meu celular. Ali mora meu histórico e boa parte da minha vida”.

Faz sentido. A virtualização de nossos interesses, nossa personalidade, nossas características físicas, nossa forma de expressar quem somos já acontece há muito tempo. Você vive um metaverso quando projeta ser uma pessoa (que muitas vezes não é) no Instagram, por exemplo. O que ganha forma agora é o nível de imersão e interação, muito mais profundos.

Entraremos em novos universos, ganharemos formatos variados, projetaremos ser algo não apenas usando um filtro do stories, mas uma nova forma completa de ser um ser humano. Adquiriremos bens. Compraremos coisas. Vamos girar a grana. Mas o mais empolgante: criaremos o que quisermos criar. Inventaremos a nossa própria economia. Seremos donos dela.

“Own your virtual life [seja dono de sua vida virtual]”. Pra mim, esse é o grande “a-ha” do metaverso e onde talvez as marcas devam prestar mais atenção. É muito menos sobre prover experiências e muito mais sobre prover espaço para que as próprias pessoas criem o que quiserem criar. E mais: fazer com que sejam beneficiadas por isso.

Como disse Celine Tricart em sua apresentação: “somos nós, criadores de conteúdo, que vamos ditar as regras do metaverso”. Pra mim, a ideia do metaverso abrir caminho para que o público esteja no controle de suas vidas virtuais é o mais incrível (e talvez romantizado) do mundo. 

Por fim, por aqui sinto poucas respostas, mas muitas provocações. O que sei é: esse tal metaverso idealizado jamais ganhará vida se for dominado por uma única plataforma. Ele precisa ser das pessoas e não de alguém (alô, Zuck!).

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