Publicidade

Quão criativa tem sido a sua vida?

Pela primeira vez na história, os índices de criatividade estão caindo em vez de subirem e esse movimento implacável nos impacta todos os dias de maneiras que nem percebemos


16 de março de 2022 - 9h59

Crédito: Erhui 1979/ iStock

Quantas vezes nas últimas semanas você começou algo com o objetivo de entregar um resultado único? Quantas vezes você entregou algo único? Nos últimos meses? No último ano?

Na viagem ao espaço do novo, a criatividade é o combustível imprescindível, e esse está ficando cada vez mais escasso nos últimos anos.

No meu primeiro dia de SXSW tive a sorte e o prazer de assistir uma palestra extremamente inspiradora com Brent Anderson, Global Chief Creative Officer da TBWA media (parceiro de mídia da Apple) sobre a criatividade, ou melhor, a crise da falta de criatividade que nos atinge ultimamente.

Pela primeira vez na história, os índices de criatividade caem em vez de subirem. Esse movimento implacável nos impacta todos os dias na música que ouvimos, nos filmes que assistimos, nas redes sociais cada vez mais presentes consumindo o nosso tempo. Afinal, quem aqui não aproveita as listas de “Top Hits” do Spotify? Quem não inicia a busca por um filme nos “mais vistos” da Netflix? O status quo se tornou a fórmula de sucesso da indústria para gerar consumo. Ao mesmo tempo, se tornou a fórmula do fracasso da criatividade, músicas cada vez mais iguais, filmes cada vez mais repetidos. Vivemos a era do open bar de remakes no cinema.

Mas afinal, quais comportamentos nos ajudam a sermos mais criativos? Abaixo, trago um breve resumo (na minha tradução e interpretação livres) da palestra incrível do Brent Anderson e dos pontos de atenção para nos tornarmos cada vez mais criativos em um mundo sedento pelo novo.

  1. Criatividade não é sobre inspiração e, sim, sobre transpiração. Aquela ideia de inspiração que vem da “luz divina”, que aparece durante uma manhã de domingo ou durante o banho quente, é muitas vezes desconectada do nível de esforço e de trabalho necessário para se chegar nesse momento. Transformar o “good enough” em “not enough” e persistir com consistência e disciplina é essencial na construção do novo. A criatividade é um músculo que precisa ser exercitado.
  2. Fuja do Status Quo: normalmente buscamos pelo consensual, pelo que sabemos que é bem aceito. A má notícia é: a criatividade mora justamente no lado oposto do consenso. Por isso, sempre que as ideias diferentes surgirem, seja a voz que muitos não querem ouvir. Ter uma opinião ou visão diferente é ser criativo.
  3. Deixe o medo de lado! Exercitar, encorajar e reconhecer todos que expõem suas ideias criativas. Confiança é o antídoto para o medo, sendo assim, crie uma rede de apoio na qual a criatividade pode ser exercitada e impulsionada.
  4. Complexidade destrói a criatividade. Simplicidade é essencial para o sucesso.
  5. Alimente a paixão pela alta performance. Resultados incríveis necessitam de entrega. Ser apaixonado por impressionar e ir além do tradicional te coloca fora da zona de conforto e te aproxima de soluções antes inimaginadas, que com sua visão única podem tomar vida na forma de algo incrível.

Espero que os pensamentos acima te ajudem a alimentar a curiosidade e a criatividade que existem dentro de você e de cada um de nós.

Publicidade

Compartilhe

Patrocínio