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Weirdo

Inovar é flertar com o esquisito, o tempo todo


16 de março de 2022 - 10h58

Crédito: Divulgação

Um dos mantras mais repetidos em Austin é o tal do “keep it weird”. Para além da conotação mais óbvia do que a frase sugere, manter um processo constantemente transformador é um dos maiores desafios das empresas em seus processos de inovação. Isso porque a busca pelo protagonismo não é uma corrida de 100 metros rasos, mas uma ultramaratona.

Para se manter no topo não basta inovar uma vez, mas ter uma sequência bem sucedida de MVP’s que sobrevivem a sua etapa experimental.  A apple é uma empresa inovadora não apenas por revolucionar o mercado com o Macintosh, mas por ter sucesso em uma série de dispositivos que emplacaram.

Glorificar a inovação como algo glamoroso pode ajudar a colar uma imagem de contemporaneidade a marcas empresas, mas não é o que de fato mudará o jogo em um determinado segmento. A consistência das inovações somadas é que leva o jogo para o patamar para além do hype.

 Inovação é manter uma cultura ativa na busca pelo esquisito. É estar sempre em um limiar entre o que pode ser genial ou bestial. Para isso é preciso flertar o tempo todo com o que pode não parecer a melhor ideia.

Crédito: Divulgação

Muitas de inovações consagradas não teriam sucesso se algo que causa estranheza não estivesse em um campo fértil e adubado. Testar o protótipo é dar a chance para uma ideia germinar, mas para isso é preciso dar uma chance ao que não possa soar tão familiar. Afinal, toda novidade vem desse lugar, embora nem tudo vingue.

Uma das dicas mais repetidas do festival do SXSW é que se curta a cidade para além dos eventos oficiais da agenda de programação, mas o que isso quer de fato dizer?

O “Museum of the weird” é umas dos lugares mais “creepy” que vi por aqui em Austin. Nele é possível olhar para o que está no coração da inovação, uma relação próxima com o que possa parecer esquisito.

Crédito: Divulgação

A inovação é o lugar que dá chance para a dúvida, margem para o erro, lugar para o que causa estranheza. Nesse processo, muita coisa pode não vingar, mas nada nascerá sem passar por esse percurso.

Inovar está mais relacionada a cultura que alimenta a esquisitice do que a beleza do resultado final da “pipeline”.

Andar por Austin para além das palestras é dar uma chance ao “Non Obvious”.

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