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Brisket, feijões e uma session IPA

Palestras e debates mostram para onde o mundo está indo, mas nada supera aquela sensação de que tudo está acontecendo à sua volta


17 de março de 2022 - 15h00

Crédito: Divulgação

Conhecer o Franklin Barbecue, um dos lugares preferidos do Obama e do Anthony Bourdain.

Ou passar rapidinho no Iron Horse, colado no centro de convenções, e voltar correndo para uma palestra com a barriga cheia.

Ver um show em qualquer bar da rua 6, de preferência do lado de lá da rodovia.

E depois ficar na área até tarde vendo casais dançando Hank Williams no White Horse.

Presenciar uma resenha entre o Wes Anderson e o elenco de Grand Hotel Budapest, mediados pelo Richard Linklater.

Sem culpa alguma, se dar uma folga e fugir do circuito por meio dia para conhecer as termas de Barton Springs.

Comer mais brisket, agora no Stubb’s, e comprar o bonezinho clássico.

Mais show, do outro lado do rio Colorado, no Auditorium Shores.

Mais estreia mundial, agora com o Jarvis Cocker dormindo na última fileira do cinema enquanto “Common People”, o documentário sobre sua banda, Pulp, está na tela.

Almoçar ao lado do cientista da NASA que deu palestra sobre como planeja destruir meteoros.

Não me achem vagabundo. Eu sou bastante nerd, na verdade. É claro que dezenas de keynotes, debates e papos que acontecem no South by Southwest são incríveis. Mas, pra mim, o que torna esse evento imperdível é a sua atmosfera.

Tanto faz se você é da caravana das agências ou se trabalha em um dos parceiros de mídia e está lá para estreitar seu relacionamento com elas. Se tem uma empresa de tecnologia e vai vender seu peixe ou é um daqueles que estão perambulando pelos auditórios, tentando se encontrar. Se é um ativista, um professor de segundo grau, um astronauta ou uma celebridade que caiu de paraquedas. Dá para sentir a excitação pela criatividade e inovação no ar de Austin. Estar lado a lado com pessoas buscando o novo, desafiando o que precisa ser mudado no mundo, empurrando os limites, faz a gente sentir que também pode. É só começar.

Essa é minha terceira vez no SXSW. A primeira online. E, por mais interessante que seja muito do que vi até agora, nada me fisgou da maneira que bobagens enormes me deixaram embasbacado nas vezes passadas. Porque é tudo sobre a experiência. Aquela vivência que nem o cardápio de cervejas locais é capaz de tirar da minha memória.

Não é à toa que, para mim, a sessão mais interessante dessa edição até o momento não foi sobre Web3 ou Metaverso. Foi “Re-inventing Live Events for a Post-Covid World”. Que a gente possa realmente voltar a sentir o contato, a efervescência das relações humanas. Experiências como aquelas que queremos proporcionar aos consumidores para as marcas com quem trabalhamos e para as pessoas que estão na caminhada conosco. Que seja no ano que vem. Mandem dicas do que fazer, devo estar bem desatualizado.

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