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Drama, conflito e esperança

Agir então é essencial, mas tem que ser de forma coletiva. Ações isoladas de pessoas, empresas ou países não serão suficientes


17 de março de 2022 - 14h59

Crédito: Amanda Schnaider

Lançado em novembro do ano passado, o último livro do autor Neil Stephenson, Termination Shock, conta a história de um bilionário que tem uma grande ideia para reverter o aquecimento global: um véu entre a Terra e o Sol. O tal véu seria capaz de reter parte do calor emitido pelos raios solares e manter a temperatura do nosso planeta em níveis aceitáveis.

Aquecimento global não parece um dos temas mais empolgantes para escrever um thriller. Tanto que essa foi logo a primeira pergunta do entrevistador Charles C. Mann, do Atlantic Monthly: “Esse não é um assunto chato para um livro?”. A verdade é que o que está acontecendo hoje no nosso planeta tem vários elementos de uma boa história: drama, conflito e esperança.

Todos nós já ouvimos em algum momento as consequências nefastas de um aumento de 3 graus Celsius na temperatura global, tanto para o planeta quanto para nós. Já estamos vivendo isso. Há quem diga que a próxima crise global sanitária já está no horizonte.

Desgraças tendem a mobilizar as pessoas. Agir então é essencial, mas tem que ser de forma coletiva. Ações isoladas de pessoas, empresas ou países não serão suficientes. Já passamos por esse aprendizado uma vez. O desenvolvimento recorde da vacina para a Covid-19 só foi possível porque um sistema inteiro global de cooperação foi montado para chegar em tal avanço. Foi uma forma fundamentalmente diferente de trabalhar e inovar, deixando de lado a competição e entendendo que há mais a ganhar quando indivíduos e organizações compartilham dados.

Resta a saber se vamos colocar esse aprendizado em prática. Caso contrário, o planeta pode até sobreviver, mas nós não.

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