O que levo do SXSW na mala de volta para o Brasil?
Relato sobre quando deixei de lamentar os conteúdos que poderia ter visto, agradeci pelo que foi aprendido e percebi a bagagem maravilhosa que eu levava para casa
Relato sobre quando deixei de lamentar os conteúdos que poderia ter visto, agradeci pelo que foi aprendido e percebi a bagagem maravilhosa que eu levava para casa
17 de março de 2022 - 14h40
Hoje, finalizo minha primeira experiência no SXSW. Não consigo dizer que foi além das minhas expectativas, pois elas já eram altas. Porém, eu posso dizer que foi bem diferente de qualquer suposição.
Uma das coisas que mais me impressionou foi a variedade e grandiosidade do evento. Eu sabia que haveria muitas possibilidades, até escrevi sobre isso no meu primeiro texto, mas eu não tinha ideia de que mesmo indo com um grupo de uma dúzia de pessoas, é possível que cada um deles siga em trilhas diferentes de apresentações, fazendo com que cada participante crie uma jornada única e tenha uma experiência única de cada dia de festival.
Quando entendi a amplitude de tudo que participei, deixei de lamentar o conteúdo que eu “perdi” e resolvi ser grato pelo que recebi. A partir desse momento, fugi um pouco do meu jeito de pensar, rascunhei algumas ideias e arrumei toda a bagagem de aprendizados que quero levar para casa. Com a mala feita, quero compartilhar algumas das lições que trago de meu primeiro SXSW:
Está mais do que na hora de desafiar o nosso algoritmo pessoal: ficou claro que é muito importante consumir conteúdo, conhecer pessoas e engajar em projetos e causas que não façam parte do cotidiano ou não apresentem forma de pensar semelhante a que já se tem. Tudo o que mais me provocou no SXSW veio do que era mais distante da minha zona de conforto.
Para não ser esquecido, é preciso ser memorável: parece óbvio quando se lê, mas se pararmos para avaliar tudo o que fazemos, é fácil encontrar um espaço razoável para ser uma pessoas ainda mais provocadora, simplificada, didática e inovadora. O conteúdo que eu mais assimilei veio de sessões que se preocuparam em não ser apenas mais uma palestra “segura” na programação.
Não basta ser antenado, é necessário participar: é muito bom entender razoavelmente das “buzzwords” e assuntos da moda, ser uma pessoa curiosa e estudar. Só que é preciso praticar. Existe uma enorme diferença entre quem estuda e quem pratica. Me senti desafiado a ter minhas próprias experiências no que diz respeito à novas abordagens e tecnologias, e ter a vivência de um praticante.
O impacto deve ser o foco: toda ideia e todo negócio têm o poder de gerar impacto positivo na vida de alguém. As grandes ideias apresentadas nasceram do desejo de mudar para melhor a vida de outras pessoas. Quando essa missão de impacto guia as decisões, o erro é reduzido ou gera maior aprendizado. Temos muitas ferramentas, recursos e informação para não apenas bater nossas metas de negócio, mas também melhorar a vida de outras pessoas. Isso precisa estar no centro.
Se falar com mais alguém que foi ao evento, tenho certeza de que vou ter novos aprendizados. Para mim, até vai parecer que a fonte não foi a mesma. E a verdade é que não foi.
Esse não é um relatório do que foi apresentado no SXSW 2022, mas, como disse, é um relato de como tudo isso reagiu em mim. Espero voltar mais vezes, e não perder o que eu estou levando na mala.
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