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SXSW 2022

Entre o físico e o digital, o metaverso a serviço das pessoas


17 de março de 2022 - 12h22

Crédito: Thais Monteiro

Após dois anos sem presença física, esta edição da SXSW está sendo mais do que especial por trazer um bom equilíbrio entre o digital e o físico. Se alguém tinha dúvidas sobre a relevância do metaverso para o futuro e equilíbrio dessa relação, assim como sua conexão com a comunicação, o marketing e até mesmo a socialização humana, o evento está mostrando claramente o quanto as mais diversas empresas, lideranças executivas e diferentes setores da sociedade estão dedicadas a entender, explicar e desenvolver o que será esse ambiente no futuro.

Numa rápida olhada na agenda, só as palestras que trazem metaverso no título são mais de 30 para os 10 dias de evento, de painéis que abordam desde como o metaverso está reconstruindo a vida digital a palestras sobre como a nova tecnologia está redefinindo o cenário musical. Sem contar aquelas que certamente abordam o tema ao levantar outros conceitos integrados, como realidade virtual e aumentada, conexão 5G, NFTs, blockchain e até mesmo psicologia. Afinal, a gente pode se perder em novas definições técnicas e tecnológicas, mas não podemos nos esquecer que, como todo e qualquer cenário social, são (ou deveriam ser) as pessoas, o que elas querem, o que precisam e como se sentem, o centro de tudo.

Uma breve “andada virtual” ao redor do Austin Convention Center já basta para ver o quanto o assunto é relevante muito além do mundo virtual. Um quarteirão acima e encontramos um enorme espaço do Blockchain Creative Lab, estúdio da Fox Entertainment lançado ano passado para desenvolver projetos de tecnologia. O primeiro deles em grande escala é o “Dollyverse”, que está levando ninguém menos que Dolly Parton para o metaverso e trazendo ela para o SXSW em pessoa para apresentar o projeto. Um blend perfeito. 

Dois quarteirões abaixo está o espaço do FLUF World, projeto de NFTs colecionáveis que traz várias materializações do conceito para os visitantes do evento, com tendas gigantescas que oferecem seus tetos circulares como telas de 180 graus, potencializadas com sons e outros elementos que mexem com, pelo menos, 5 dos nossos sentidos. Um pouco mais a frente, uma caixa branca gigantesca do Doodles, projeto semelhante – e com apelo visual bem infantil e colorido –, que traz ao mundo físico alguns de seus 10 mil tokens exclusivos e materializados.

Podem parecer pequenos detalhes num festival do tamanho do SXSW, diante de tantas marcas, empresas e ativações, mas tornam-se um exemplo claríssimo do que já é e, principalmente, do que o metaverso pode ser. Apesar de ser no ambiente digital que ele se desenvolve, permitindo uma interatividade quase infinita, o que as pessoas buscam é o contato, a experiência junto ao outro e um real equilíbrio entre os dois mundos. E não é à toa que tantas empresas 100% virtuais apelam para a presença física para mostrar seus produtos e serviços.

Se não envolver os sentidos, a interação, os sentimentos – junto à facilidade, sensação de proximidade e solução de problemas, seja conectando pessoas de forma mais imersiva ou solucionando tensões de uma comunidade específica –, o metaverso realmente vira apenas mais uma palavra da moda. A busca gigantesca por entender, falar sobre o conceito e tentar visualizar esse universo, mesmo que de forma quase analógica neste primeiro momento, dão uma ideia da relevância e abrangência de possibilidades que vão se abrindo na nossa frente. As perspectivas são pra lá de animadoras – contanto que todo o passo individual ou coletivamente nessa direção seja dado a serviço das pessoas.   

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