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Cada vez mais humano!

Sou fascinada por negócio e por aprender como nossos clientes solucionam questões comerciais através de ferramentas de marketing


16 de março de 2018 - 16h13

Cheguei ao meu primeiro SXSW com expectativas enormes. Estava curiosa para ouvir as últimas novidades sobre a aplicação de Inteligência Artificial (AR), Virtual Reality (VR), Big Data, Blockchain e de tantas outras tecnologias que estão mudando a Indústria Criativa e a forma como nossos clientes fazem negócio. Ouvi marqueteiros, CEOs, Start-Upers, gigantes da tecnologia, especialistas em políticas públicas relacionadas à inovação, jornalistas, psicólogos, neurocientistas. No Trade Show, vários países montam seus stands para atrair visitantes e mostrar o que têm de melhor – nenhuma surpresa ali ao ver o stand do Japão cheio de gadgets incríveis. Também nenhuma surpresa ao ver o do Brasil cheio de gente interessante! Bateu orgulho, confesso.

Sou fascinada por negócio e por aprender como nossos clientes solucionam questões comerciais através de ferramentas de marketing – não à toa me especializei em Propriedade Intelectual e Direito do Marketing & Entretenimento.

Ouvi sobre como o Walmart pretende tomar a liderança do varejo eletrônico se valendo de tecnologia e, mais importante, da relação próxima que conseguiu criar com seus clientes que, por anos, passaram por suas lojas físicas; sobre como uma ex-diretora global de marketing de uma multinacional deixou o cargo para criar sua própria empresa e a chamou de “Sem Marca” (Brandless™) se destacando, também no mercado varejista eletrônico, por se posicionar como a marca que dispensa “marketing gimmicks” (artifícios de marketing) e que só investe “no que realmente importa”: o consumidor. Suas embalagens são funcionais, padronizadas, sem nomes, marcas ou símbolos. Um creme hidratante é chamado apenas de “creme hidratante”. Para uma advogada de Propriedade Intelectual, nada mais apavorante! Mas eu não estou no SXSW2018 para julgar, mas sim para abrir meus ouvidos e aprender o máximo possível, sempre.

Saio daqui certa de que estamos, sim, diante de um pulo tecnológico daqueles que redefinem por completo tudo ao nosso redor. Tecnologias incríveis sendo aplicadas, em sua maioria, com responsabilidade, para o bem e melhoria de nossas vidas. Fato é: não vamos mais consumir ou vivenciar arte, música, marcas, conteúdo como antes!

Toda essa experiência me fez refletir: E o homem nessa equação? Vamos mesmo ser substituídos aos poucos, porém em um caminho sem retorno, por uma inteligência robótica que consegue alcançar “resultados” incomparáveis aos nossos?

Apesar das minhas certezas de que uma louca e instigante revolução está em curso, saio de Austin igualmente convencida de algo que instintivamente já martelava na minha cabeça há alguns anos: de jeito algum seremos substituídos! Humanos, nós somos essenciais!

Espera. Não estou falando de um humano qualquer, é verdade. Mas daquele que topar aprender de novo, de novo e de novo. Daquele que entender que essa tecnologia inteligente não valerá de muita coisa se o humano não entrar na equação como o propósito disso tudo. Como disse um dos neurocientistas que assisti, “use primeiro sua reação humana” ao se deparar com ideias, conceitos, projetos.

Ouvi, repetidamente, de TODOS que falaram aqui: seja cada vez mais humano! Invista em aprender filosofia, psicologia, história, sociologia. Você não precisa virar um filósofo da noite pro dia mas foque no aspecto humano de tudo o que você faz. Sua estratégia de marketing se perderá no infinito se você não conseguir ler o Big Data e transformá-lo em informações relevantes ao humano que você busca atingir.

Ah, e eu nisso tudo? Levo comigo novas ferramentas que espero poder dividir com meu time e clientes na jornada de construção de marcas cada vez mais relevantes a nós, humanos!

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