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Construindo Momentum: como o SXSW criou expectativa para 2019

Pare, pense e siga: resolvi olhar o SXSW com frieza e lançar um visão crítica sobre a comunicação adotada pela organização do evento


7 de março de 2019 - 14h54

A construção começa cedo e antes mesmo do evento 2018 terminar já se escutavam comentários e especulações sobre o que reservaria a próxima edição. É batata! Basta ler os textos dos nossos colegas de comunicação que participaram da edição do ano passado e comprovar: a grande maioria fala sobre o que viu e o que espera ver na edição seguinte. Essa ansiedade é legítima, compreensível e lógica: as pessoas viram coisas interessantes e querem saber what happens next. Como todo esse conhecimento vai ser usado? Qual vai ser a tendência do ano que vem? A tecnologia vai acompanhar a exigência do usuário?

(Crédito: Reprodução/SXSW)

Ainda que os participantes vivam essa ansiedade, a questão que vou abordar nesse texto é como a própria organização do evento alimenta isso. Do ponto de vista da organização, é necessário crescer em participantes. E crescer é, além de manter interessados os que participaram de eventos anteriores, ter sangue novo circulando por Austin, ter first timers, como esse publicitário aqui que vos escreve. Então, como um novato de SXSW resolvi analisar a forma que eles estão construindo a expectativa para o evento 2019 para aqueles que não participaram da edição do ano passado.

O primeiro ponto é que a organização reflete o estado da arte do marketing de conteúdo norte-americano. A comunicação é cool, tem identidade própria e acontece em diversos canais de forma consistente. O site funciona, o e-mail funciona, as fotos são lindas e line up de palestrantes e acontecimentos empolgam. Dá vontade de fazer parte e me parece que a grande coisa já está aí. Ponto para a organização.

Três grandes movimentos foram os carros chefe para prender a atenção do público que já havia comprado os ingressos:

SXSW RECOMMENDS

Sistema de recomendação de palestras a partir de variáveis como duração, localização, popularidade e outros fatores, como as palestras ‘favoritadas’ no site ou no aplicativo. O legal é que as recomendações não sugerem palestras que são inviáveis de participar, então realmente acaba sendo relevante. Outra funcionalidade é a Attendee Recommendations (que eu não cheguei a usar), que indica pessoas que irão ao evento em áreas de trabalho semelhantes às suas. Pareceu legal para quem vai focado em networking.

DEEPDIVE

Essa é a maior força da estratégia de e-mail. Foram três newsletters com conteúdo mais denso (leia-se “e-mail textão”) sobre o que iria acontecer no evento em todas as áreas, filme, música, interação. O mais legal sobre esses e-mails foi a forma que encontraram para dar relevância: os ‘painelistas’ com maior star power foram anunciados por lá.

SURVEY

Data é tudo e a organização sabe disso. Por isso, uma das ações durante os meses que antecederam o evento foram sorteios de prêmios pra usuários que respondessem uma pesquisa online do evento. Como a gente sabe e eles mesmos colocaram, um ativo como esse ajuda muito a entender sobre o público e pode melhorar significantemente a experiência que estão construindo.

O SXSW se alimenta de expectativa. Muito mais gente fica sabendo do que aconteceu ou vai acontecer por lá do que pessoas que de fato estiveram em Austin e viram o conteúdo ao vivo. Agora, uma coisa é certa: a minha expectativa eles conseguiram construir com recomendações relevantes e revelações de um line up robusto. Estou ansioso para participar do evento e já me pergunto: o que será que a edição do ano que vem reserva?

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