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Ecossistema de mobilidade

Nessa minha participação no SXSW vim decidido a focar um pouco mais em cidades inteligentes, discussões sobre mobilidade e o futuro desse ecossistema extremamente dinâmico


10 de março de 2019 - 14h06

Nessa minha participação no SXSW vim decidido a focar um pouco mais em cidades inteligentes, discussões sobre mobilidade e o futuro desse ecossistema extremamente dinâmico no qual a nossa empresa está inserida (sem, claro, deixar de fora as conferências e painéis sobre marcas e marketing).

Já no começo do dia, uma sessão com Malcolm Gladwell (Tipping Point, Blink, Outliers dentre outros livros muito interessantes) e Chris Urmson, fundador da startup Aurora (desenvolvedora de sistemas para carros autônomos) e ex-Google X. O nome do painel – “Self-driving Cars: The Future is When?” – já traz a certeza de que o futuro para os carros é autônomo, a questão é quando isso acontecerá, de fato. Qual o “ponto de virada”?

No começo da sua fala, Gladwell já questiona a nomenclatura “carro autônomo”. Segundo ele, carros que são controlados por um sistema tecnológico fechado tem tudo menos autonomia. A autonomia quem tem é o motorista humano, num carro analógico. Pode ser só uma questão semântica, mas traz embutida uma reflexão desconcertante. E a partir daí ele mostrou todo seu ceticismo com relação a esse “futuro autônomo” e já joga no ventilador uma das questões mais óbvias com relação a ele: segurança (sim, aquele acidente fatal de um Uber autônomo foi lembrado).

Urmson, defendendo seu ponto de vista, argumenta que um ecossistema com 100% dos carros autônomos traz segurança plena já que a maioria absoluta (95%, creio que ele disse) dos acidentes fatais nos EUA são causados por erro humano.

O papo ficou ainda mais divertido e complexo quando Gladwell falou de cibersegurança… Já imaginaram um sistema de carros autônomos invadido por hackers? Ao que Urmson respondeu que esta é uma questão séria sim, mas não exclusiva de carros autônomos. É um ponto relevante para todo o ecossistema de internet das coisas (IoT). O debate passou ainda por empregos – se motorista deixa de existir, outras necessidades são criadas. Por exemplo, ainda que um caminhão de carga seja autônomo, uma pessoa é necessária para checagem de carga e descarga, dentre outros novos serviços.

Outro ponto levantado foi o aproveitamento da infra-estrutura atual de transporte público, viabilidade de redução de subsídios/custos para governos, carro autônomo como forma de ampliar oferta e acesso à mobilidade, possuir carro versus compartilhamento, mobilidade como serviço. Enfim, deu pra ver que a questão da automação é um dos pontos – certamente não o menor – nesse momento de mudanças intensas para todas as empresas no atual ecossistema de mobilidade.

Na nossa visão na BR, diversificar atuação para diversos pontos desse ecossistema – deixando de ser apenas um distribuidor de combustível – é fundamental para a sustentabilidade do nosso negócio e também para o compromisso com o nosso propósito de viabilizar a energia necessária para que as pessoas curtam o caminho da forma mais conveniente possível.

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