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Empreendedorismo social

A VillageCapital, por exemplo, usa critérios como impacto social, educacional e na saúde da população antes de selecionar as empresa nas quais vai investir


10 de março de 2019 - 8h20

Crédito: reprodução

Venture capitals costumam seguir uma cartilha quando avaliam empreendedores e suas start ups que segue preceitos primordialmente econômicos, de solidez financeira, escalabilidade do negócio e, obviamente, de potencial de uma saída altamente rentável no futuro. Não há, em geral, nenhum olhar ou critério sobre o impacto social do empreendimento, nem sobre a origem, gênero, raça ou condição social do empreendedor, visando uma maior inclusão e diversidade no ecossistema das empresas do futuro. O resultado é que 85% dos investimento são feitos em empresas cujos fundadores são homens brancos (apenas 2% em empresas cujos fundadores são negros ou latinos) e 50% de todos os investimentos do mundo são feitos em empresas que estão em 3 estados americanos, Califórnia, Nova Iorque e Michigan. Soma-se a isso uma obsessão por potenciais novos unicórnios, sendo que menos de 1,5% das empresas chegam a esse patamar.

A VillageCapital é uma VC global que usa critérios diferentes na hora de selecionar as empresa nas quais vai investir. Além de avaliar o potencial econômico dos negócios, também incluem outros critérios, como o impacto que as empresas terão em questões como educação, saúde, inclusão social e bancária da população e na maior diversidade dos fundadores e gestores das companhias. No painel Peer-selected investments in Latin America, eles e seus parceiros contam como tem aplicado o método na América Latina.

Os países da região são ainda muito pouco desenvolvidos em questões básicas de saúde e educação e tem uma necessidade latente de inovação nessas áreas, que ajudem a cobrir o buraco deixado por anos de políticas públicas atrasadas e insuficientes. Investir em empresas que melhoram a qualidade de vida das pessoas e promovem inclusão, ao final ajudam as economias desses países e promovem maior riqueza. Impacto social gera impacto econômico, tão simples como isso.

A VillageCapital nos EUA tem em seu portfólio 40% de empresas com fundadoras mulheres, e 30% com fundadores negros ou latinos e já tiveram 13 companhias com saídas positivas. Na América Latina estão terminando os ciclos de investimento. Que tenham muito sucesso e possam ajudar a trilhar um caminho de investimentos mais responsáveis, diversos e que geram impactos positivos no mundo e nas pessoas.

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