Publicidade

O SXSX é uma surpresa a cada instante

Para Esther Perel, a capacidade de se relacionar bem, que um dia não foi considerada como algo essencial, deixou de ser uma soft skill para virar uma característica fundamental na nossa vida pessoal e também na profissional


10 de março de 2019 - 8h03

Crédito: andresr/iStock

Eu não havia planejado ver a palestra de Esther Perel, que é uma psicoterapeuta belga. Mas acabei indo conferir e me surpreendi profundamente. Aliás, essa é uma das coisas incríveis de ter a oportunidade de visitar o SXSW. Tem palestra que imaginamos que será maravilhosa e que frustram nossas expectativas. Por outro lado, tem painéis que não chamam tanto a nossa atenção incialmente, mas que acabam despertando uma nova percepção, ampliam nosso olhar, nos tiram da zona de conforto. Foi assim que me senti ouvindo Esther Perell falar sobre inteligência de relacionamentos, tratando de coisas que parecem simples, mas que são bem complexas.

Para ela, a capacidade de se relacionar bem, que um dia não foi considerada como algo essencial, deixou de ser uma soft skill para virar uma característica fundamental na nossa vida pessoal e também na profissional. Ela falou ainda sobre como levamos o jeito de nos relacionar no trabalho para a vida pessoal, transformando encontros informais numa espécie de entrevista ou reunião. Você já fez isso? Ela também fez um questionamento para a plateia que compartilho com vocês: quem coloca toda energia no trabalho e chega em casa completamente esgotado e desprovido de energia? Quantos de nós somos assim?

Esther disse que vivemos uma espécie de poligamia no ambiente corporativo e que ninguém é mais fiel à empresa que trabalha, buscando sempre uma organização que se preocupa com o bem-estar dos colaboradores. E como especialista em relações, ela fala que a chave do sucesso é saber trabalhar em equipe para construir relações de segurança e que quando temos um problema com alguém no trabalho, no fundo, o problema está em nós mesmos e que precisamos resolver essa questão. Enfim, necessitamos de mais autocrítica no lugar de só culpar o outro.

Publicidade

Compartilhe

Patrocínio