Publicidade

Quando olhar para dentro e para o outro é a grande conexão

Se falamos cada vez mais com máquinas do que com seres humanos, o que vai acontecer com nosso equilíbrio hormonal? Aparentemente, esse desequilíbrio gerará ansiedade, obesidade entre outros problemas


10 de março de 2019 - 7h48

Crédito: benimage/iStock

Qual foi o unfollow que quebrou meu coração? Com essa provocação, Bené Brown abriu o SXSW e causou a reflexão do grande paradoxo da vida moderna: ultra conexão não está ajudando a minimizar o mal do mundo, a solidão.

Essa é a doença que mais acomete as pessoas hoje, e ainda é mais presente na nova geração Z, conforme Cigna Study apresentada em outra palestra disputada do dia: “10.000 followers, no friends”

Não há dados históricos suficientes para culpar somente a tecnologia, segundo as pesquisadoras. Mas quando juntamos esse estudo com as tendências apresentadas por  Amy Webb sobre casa conectada e fim da privacidade, fica claro que estamos construindo um estilo de vida que pode cobrar seu preço.

Se falamos cada vez mais com máquinas do que com seres humanos (e os dados e os novos produtos da Amazon mostram esse caminho), o que vai acontecer com nosso equilíbrio hormonal que precisa da conversa, da discussão cara a cara? Aparentemente, esse desequilíbrio terá um efeito ruim comprovado na nossa saúde, gerando ansiedade, obesidade entre outros problemas. A pesquisa mostra que o impacto da solidão na saúde é equivalente a fumar 15 cigarros por dia, mas não existem avisos sobre isso quando compramos o microondas Alexa.

Esse afastamento está comprovado por dados e pelo que vivemos diariamente nessa realidade polarizada. Não conversamos, debatemos, não estabelecemos pequenas conexões

Então ficam as lições de Bené Brown e o chamado para lembrarmos nossa humanidade:

1. Chegue perto. É difícil odiar alguém quando conhecemos sua história e encontramos pontos em comum,

2. Fale a verdade, não engula bullshit, mas seja civilizado: Sempre seja generoso, curioso, ouça, debate, mas seja educado e respeitoso. Pode-se confrontar sem deixar de ser civilizado. Ou como ela mesmo disse: “I’m with you, but against that topic.’

3. Dê mãos com estranhos: somos feitos para criar conexões, estão na nossa essência. Isso acontece em shows, esportes e tragédias, Nunca se esqueça desses momentos de conexão e multiplique eles.

4. Tenha um interior forte, uma face suave e um coração selvagem: ou seja, acolha quem você é, a sua verdade, a sua voz. se mantenha curioso e corajoso, mas sempre suave e generoso com o mundo.

Em resumo, mais do que seguidores busque conexões E nunca dê unfollow na sua essência. Parece simples, mas num mundo onde vivemos o tempo todo pra fora ou conectado com máquinas, não é.

Publicidade

Compartilhe

Patrocínio