Varejo, histórias e gaiolas
O ser humano como consumidor, cidadão e personagem
O ser humano como consumidor, cidadão e personagem
12 de março de 2019 - 18h49
Na dimensão “consumidor”, a inteligência artificial é tema mais do que recorrente nas edições do SXSW. Kerry Liu, da Rubikloud Technologies Inc., falou sobre como a inteligência artificial (I.A.) influencia e continuará a influenciar o varejo da forma como o conhecemos.
I.A. é um fator decisivo para simplificar, automatizar, deixar processos internos das companhias de varejo mais inteligentes e principalmente é eficiente do ponto de vista de custos operacionais. Como seres sociais, temos a dimensão “cidadã”. Fazemos parte de comunidades e queremos entender como os diferentes contextos funcionam.
Para isso, o New York Times, tradicional jornal norte-americano, continua diversificando a entrega de conteúdo, como o The Weekly, em vídeo. Afinal, o NYT foi um dos primeiros a entender que o negócio era sobre diferentes formatos, não apenas jornal tradicional. Lembra muito a linguagem editorial desenvolvida pela Vice, que segundo seus editores ajudará a “entender o mundo de uma maneira única, que só o NYT pode fazer”. Veremos.
Não adianta sermos “consumidores”, com experiências incríveis de compra e auxílio de I.A., sermos “cidadãos” que cada vez mais compreendem o mundo, se não passarmos de “personagens” que vivem em uma gaiola virtual criada por seres superiores que habitam o upperworld. Ao menos é isso que George Hotz, da Comma.ai, questiona.
E se tudo isso não passar de um grande jogo virtual? Se nós, humanos, mais precisamente os desenvolvedores da Nintendo, criamos Mario, que vive dentro do Super Mario World e de lá nunca saiu, o que impede também que sejamos parte de um jogo? O que impede que sejamos crias de desenvolvedores superiores?
Para Mario, Luigi, Yoshi e companhia, aquilo é o mundo real. Talvez o nosso mundo também seja um compilado de códigos de programação extremamente sofisticados. Há alguma chance de descobrirmos se isso é verdade e nos libertarmos, apenas hackeando o sistema e chegando até os desenvolvedores superiores?
Mario e Luigi tentam até hoje. Entram em canos, saem de canos.
Vão do mundo um ao mundo nove e não chegaram até nós, humanos. Ainda.
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