Meio&Mensagem

13 de março de 2019 - 10h33

O australiano Nick Law começou sua apresentação com a provocação: Por que o Grupo Publicis precisa de um Chief Creative Officer?

O executivo conta que ele mesmo fez esta pergunta no processo de contratação, 10 meses atrás. E foi para falar sobre a sua visão de resposta que subiu ao palco do disputado Ballroom D.

Parte da resposta está aqui:

(crédito: reprodução)

O mercado mudou e requer inovação. E Nick Law, que tem background de produto (vindo da R/GA) sabe disso melhor do que ninguém. Para ele, tudo ao nosso redor mudou. Mas o jeito de fazer comunicação segue o mesmo desde a década de 50.

A última grande inovação foi a criação da dupla DA/redator. Antes, o Copywriter era “O” criativo e a arte apenas recebia tudo pronto para ilustrar (Bem, a gente sabe a história e viu tudo em Mad Men).

O resultado eram peças cujas partes não necessariamente funcionavam bem juntas. Até que os times passaram a trabalhar em equipe e então: big change – dá pra ver nos exemplos abaixo.

Acontece que o jogo mudou de novo. E ter a dupla DA/CW decidindo e depois distribuindo para times desintegrados de social, digital e PR é, de certa forma, repetir o passado.

Para Law, este é o modelo que ele vem buscando mais e mais trabalhar na Publicis. O processo de criação precisa passar agora por três pontos: história, inovação e, na intersecção deles, a experiência.

(crédito: reprodução)

Parece óbvio mas isso tem algumas consequências.

– Fim do mito da “Big Idea”. Para Law, enquanto nos prendermos à ideia de que uma tagline incrível e um desdobramento prendem o time aos meios a que eles estão mais acostumados (TV ads, por exemplo), isso impede ideias inovadoras.
– Foco no cliente (e o que ele precisa) e não na disciplina – ao definir a experiência que queremos criar, os times são montados para criar juntos de forma multidisciplinar para que todos os meios estejam contemplados.

É uma mudança grande e ousada, mas de dentro do Grupo Publicis e como PR posso falar que começa acontecer.

E sigo na torcida para que cheguemos lá.
O plano de Nick Law é, afinal:

(crédito: reprodução)