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De FOMO para COMO. Como fazer a curadoria do SXSW?

Depois de quatros anos de festival, fiz uma lista de sugestões para quem está vindo pela primeira vez ou pretende vir nos próximos anos


15 de março de 2019 - 6h00

(Crédito: Pixabay)

Em um evento com tamanha abrangência de conteúdo simultâneo e de qualidade, o maior desafio para quem participa é fazer a curadoria. O que assistir? O que perder? E como lidar com a sensação constante de perder “a melhor sessão”. Recentemente, me atualizaram o conceito. Não estamos mais vivendo o momento do FOMO (fear of missing out) e sim do COMO (certainty of missing out). Pura verdade para o SXSW.

Depois de quatro anos participando do evento, eu montei uma estratégia pessoal que tem funcionado. Sem a pretensão de funcionar para todos, seguem algumas sugestões para quem está vindo pela primeira vez ou pretende vir nos próximos anos:

1. Dedicar tempo para montar a sua agenda é fundamental. As sugestões de curadoria que os parceiros estruturam ajuda muito, mas é importante que você dedique tempo para definir os seus objetivos para o festival e assim identifique as sessões que mais se adequam. Não dá para escapar.

2. Neste processo, vale ver o histórico do speaker, se publicou algum livro, se o talk é baseado em alguma pesquisa, a empresa que trabalha, etc. Algumas palestras têm títulos lindos e conteúdo fraco. Esta pesquisa prévia diminui a possibilidade de errar.

3. Tenha planos A, B e C para cada sessão, levando em consideração as filas e o tempo de deslocamento entre o local das sessões.

4. Eu pessoalmente prefiro as sessões menores. Keynotes e Feature Sessions têm maior cobertura da imprensa e são gravadas e disponibilizadas no canal do evento. Assista depois. As melhores sessões que eu assisti em anos anteriores, foram em sessões menores e com pouco destaque.

5. Não siga uma única trilha. Vai correr o risco de ver mais do mesmo. O melhor é variar e assistir um conteúdo variado, para ter uma olhar mais abrangente.

6. Acompanhe as publicações, as mídias sociais, os grupos de WhatsApp, converse com estranhos. Este ano o festival repetiu algumas sessões que lotaram e assim você consegue pegar a reprise.

7. Registre o máximo possível e da forma que melhor funcione para você (anotações, fotos dos slides, áudio). No final do dia é tanta informação, que você nem se lembra mais do que ouviu. Eu sempre revejo o conteúdo para amadurecer o que assisti.

8. Separe algum tempo para ver as casas e as ativações das marcas. Tem coisas incríveis. E vem crescendo a cada ano.

9. Prepare-se para o pós festival. Saímos de Austin com um repertório gigante de reportes, livros, pesquisas para serem lidas. É uma ótima forma de continuar o processo e consolidar o aprendizado visto por aqui.

10. Enfim, minha recomendação final é abraçar o COMO e da famosa serendipidade. Faz parte da beleza da vida e especialmente deste evento.

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