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SXSW 2019: Cinco insights

É incrível estar próximo das mentes mais efervescentes do mundo


15 de março de 2019 - 15h33

(Crédito: William White/Unsplash)

SXSW é um evento que tem essa capacidade. Unir pessoas curiosas de todos os cantos do planeta para falar sobre interação, música, tecnologia, cinema, negócios, saúde, mobilidade, criptomoedas, criatividade, genética, entre outros assuntos. Expandir a mente e criar novas conexões é inevitável por aqui!

Austin simplesmente se transforma para receber cerca de 60 mil visitantes, mais de 15 hotéis abrem seus auditórios para receber os participantes, mais de 100 espaços dedicados a ações de marca, milhares de pessoas passam de patinete correndo contra o tempo para não perder a próxima palestra, filas enormes para ouvir os palestrantes mais influentes, todos de olho nas atualizações do app do evento.

É humanamente impossível participar de tudo que o SXSW tem a oferecer, acontecem cerca de 50 atividades simultâneas durante todo o evento. Porém, vou tentar compartilhar aqui alguns insights e tendências que vi nestes últimos sete dias de evento.

Disrupções cruzadas
Disrupções digitais estão acontecendo em todos os setores econômicos, a integração de informações, a recriação de modelos de negócios tradicionais, a reinvenção das interações e a criação de novos hábitos de consumo. É inevitável, este movimento vem como um tsunami questionando o status quo. Em 2019 rever serviços tradicionais através da tecnologia já não é suficiente, é commodity, as disrupções começam a se cruzar e interagir. Cryptomoedas sendo utilizadas para captação de investimentos, fintechs integradas com dados de saúde, negócios extremamente tecnológicos focados em humanizar relações.

O mundo já é cibernético
Pare para perceber quantos dispositivos que estão no seu dia a dia para expandir suas capacidades humanas. “Transhumans” (transumanos, em inglês) foi o termo utilizado para descrever os seres humanos que estão em busca de transcender suas limitações físico-mentais. Moon Ribas (artista que implantou um chip que sente as vibrações da Terra), Max More (médico que estuda como transcender a morte) e Randal Koene (cientista que busca substituir órgãos humanos por mecanismos artificiais), relataram em sua palestra “The Paths and Dangers of Transhumanism” suas percepções sobre como estamos indo além das nossas limitações.

Além da visão, HUMANO
“Nossa visão domina nossa mente de tal forma que precisamos fechar os olhos para perceber os outros sentidos” — Bruce Mau.

Mais do que nunca, somos bombardeados diariamente com informações visuais. As relações entre pessoas e marcas se tornam mais relevantes quando se tornam multissensoriais. Durante o SXSW vivenciei diversas reflexões sobre como estamos focados em projetar experiências meramente visuais e esquecendo dos nossos outros sentidos. Diversas ações de marcas que aconteceram aqui em Austin tentaram expandir esta sensibilidade através de experiências olfativas, táteis, auditivas, de forma interativa e integrada a dados.

Fintech vs. Finsense
Dan Makoski falou sobre sua experiência como Chief Design Officer no Lloyds Banking Group, segundo ele precisamos rever o foco das nossas relações financeiras, dados e insights financeiros não ajudam as pessoas o suficiente, pois suas decisões de compra continuam sendo impulsivas e emocionais. Em sua palestra afirmou que “prosperidade é pessoal” e devemos nos focar no sucesso individual das pessoas. Propôs a transição do termo Fintech para Finsense, deixando de focar meramente na tecnologia e focando-se em ajudar os clientes do banco a perceberem suas finanças de outra forma, gerando comportamentos de consumo diferentes.

Personal Data
Imagine a quantidade de informações que você conseguiria compreender se tivesse acesso a todos os dados que você gera. Se você tivesse acesso aos seus trajetos, hábitos de consumo e comportamentos nas redes sociais, tudo isso em um só lugar, exclusivamente seu. Foi sobre isso que John Bruce (CEO da Inrupt) e Justin Bingham (CTO da Janeiro Digital) falaram em sua palestra “Designing for the next 30 years of web”. Após uma explicação técnica de como essa nova perspectiva de “internet descentralizada”, mostraram diversos exemplos de como poderíamos relacionar nossos próprios dados para tomarmos decisões melhores. Além disso, questionaram o fato de não termos acesso aos nossos dados pessoais que estão armazenados nas grandes corporações tecnológicas, propondo um novo modelo onde você tem seus dados e controla as permissões de acesso para serviços externos.

Nesta edição do SXSW tivemos cerca de 1500 brasileiros participantes, a maior delegação estrangeira do evento. É realmente um privilégio estar aqui. Precisamos conectar assuntos que ainda são distantes, integrar mais e fazer mais parcerias, eventos como esse criam essas conexões e com certeza irá gerar consequências em startups e corporações brasileiras. Cada pessoa que participa do SXSW terá uma experiência única. Sintetizar tudo que vi por aqui é impraticável. Sugiro que compre o seu ingresso para o SXSW 2020 e venha ter sua própria imersão no conhecimento humano.

 

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