Meio&Mensagem

16 de março de 2021 - 13h58

(Crédito: Karolina Grabowska/ Pexels)

Chega a ser irônico: um ano atrás, era o início da epidemia do coronavírus no Brasil e as lembranças do SXSW como o conhecemos, conforme toda a nossa percepção de sociedade e estilo de vida, mudavam drasticamente. 
 
Depois de viver a maior crise – sanitária e econômica – da minha geração, é praticamente impossível não levar isso em consideração quando temos o privilégio de acompanhar um dos maiores festivais de inovação do mun do.
 
E é com essa curiosidade em relação àquele que pode ser o dashboard mais importante dos últimos anos que vou tentar ver “Data Detectives: Building Hopkins’ Covid Dashboard”.
 
Num período em que vemos a desinformação alcançar as mais diversas esferas do governo, diversas pessoas se insurgindo contra as esferas democráticas porque acreditam que estão do lado certo da história, as conversas “Can Truth Please Stand Up? Chasing Truth , Online” e “Can Democracy Survive #FakeNews?” aparecem como extremamente relevantes. 
 
Apontado como a causa de muitos problemas, porém sem uma solução exata, “The Refoundation of Capitalism” propõe um debate em volta do propósito e da humanidade.
 
Quando buscamos temas como diversidade e inclusão, o SXSW entrega um número enorme de conversas, como a superatual “Why Racial Justice Is Essential for Heal th”, ou sobre o comprometimento das marcas em “Beyond the Black Square: Brands’ Racial Reckoning”. Ver o case do Washington Football Team se tornar mais inclusivo em “The Evolution of Diversity & Inclusion”, além do papo sobre fluidez de gênero em “Beyond the Gender Binary”.
 
Por último, mas não menos importante, dois painéis que prometem debater nossa humanidade olhando para a vida fora da Terra: “Who on Earth Should Govern Space?” e “Are We the Smartest Kids on the Block?” 
 
Depois de um ano privados dos eventos e de boa parte do nosso estilo de vida, participar do SXSW 2021 será uma pequena tentativa de entender: “O que ainda está por vir?”.