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Como será a vida em 2036?

Um mergulho profundo sobre a nossa existência futura


18 de março de 2021 - 13h47

(Crédito: Leyre/ iStock)

Naturalmente o tema da pandemia do Covid-19 está permeando boa parte dos conteúdos do SXSW. Afinal, os problemas que vivenciamos enquanto sociedade foram realçados em 2020, em diferentes aspectos.

Mas qual foi o efeito das mudanças causadas pela pandemia em nossas vidas, negócios, política, educação, saúde e causas sociais?

A futurista Amy Webb e também professora da NYU Stern School of Business e fundadora do Future Today Institute, apresentou o relatório anual de Tendências Tecnológicas Emergentes e trouxe muitas reflexões.

O relatório deste ano traz aproximadamente 500 tendências e foi atualizado 12 vezes, ou seja, praticamente mensalmente. Tudo isso por conta de não termos previsto a pandemia, o que tornou um desafio no campo de tendências.

“Sabemos como um futuro distópico se parece, pois vivemos um. E sabemos, pelos sinais que vemos hoje, que há problemas no horizonte”, afirma a futurista.

Se o mundo se tornou ainda mais complexo e caótico para tentarmos prever o futuro, é importante olhar pro agora. Ela reforça a importância das empresas se prepararem para atuar com as tendências do cenário do presente e então ajudar o moldar o futuro.

Como destaque foram apresentadas algumas macro tendências para ficarmos de olho em 2021.

De ‘internet das coisas’ para ‘você das coisas’

A nova conectividade será uma expansão do que já vemos hoje com smart watches. Os dados coletados em diferentes dispositivos biométricos irão revolucionar a maneira como entendemos corpo e emoções. Passamos a ser, literalmente, o centro de tudo.

Dispositivos irão avaliar indicadores de saúde, da qualidade do sono à sinais vitais básicos, para uma consulta online, por exemplo. Além disso, essa análise frequente pode trazer direcionamentos de como melhorar a saúde.

Resumidamente, são informações e dados que já são usados pela medicina, só que disponíveis de outra forma graças à tecnologia. Tudo isso acelerado pela pandemia.

Realidade mista

Tem sido cada vez mais comum o uso de fones de ouvido que cancelam ruídos. Em tempos de call quem nunca sofreu com o barulho da rua, com o vizinho fazendo reforma e por aí vai. Imagine ter vidros capazes de fazer esse mesmo efeito de cancelamento de ruído e como isso pode impactar o mercado imobiliário.

O mesmo se aplica aos óculos de realidade aumentada, que foca em alguns estímulos e elimina outros.

A reflexão aqui é como que a tecnologia pode ser útil, mas ao mesmo tempo problemática: “E se escolhermos não ver pessoas em situação de rua em vez de interagir com elas?”, pontua. Será que estamos prontos para essa realidade?

Desordem mundial

O isolamento social e o monitoramento do comportamento individual ganhou destaque nos últimos tempos.

Sensores medem nossa temperatura, se mantemos distanciamento social, se estamos tossindo. Preenchemos formulários nas escolas da saúde das crianças. Reconhecimento facial foi usado no episódio do Capitólio, nos EUA. E por aí vai!

Mas quem terá controle dos nossos dados e o que farão com isso? Essas informações não estão na mão do governo, mas nas mãos de poucas empresas. Amy aponta que legisladores precisam tomar posição e agir diante desse cenário. Já que estamos perdendo o controle do que colocamos no mundo.

Não temos uma receita pronta de como lidar com esses pontos. Mas o caminho para termos um mundo melhor nos próximos anos é observar o que está acontecendo agora para moldarmos o futuro. “Não vale a pena prever o futuro: prepare-se para fazer a diferença agora”, afirma a futurista.

Esse é o papel de cada um de nós, enquanto empresas, marcas, governo e sociedade. Se não por nós, mas pelas próximas gerações.

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