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Comunicação, empatia e transparência viraram palavras de ordem

Olhando para os novos modelos de trabalho remoto, associados à rotina da casa e da vida das pessoas, elementos como comunicação, empatia e transparência viraram palavras de ordem


18 de março de 2021 - 17h15

Para muitos, os assuntos relacionados a comportamento, cuidado com a saúde mental, neurociência e neuroplastia passaram a fazer parte da leitura diária desde o início da pandemia. Mas participar de uma edição do SXSW no qual esses tópicos estão permeando grande parte dos painéis é no mínimo sensacional!

(crédito: National Cancer Institute/Unsplash)

A energia que está sendo dedicada a esses temas nos revela como a pandemia acelerou a evolução não somente da tecnologia, mas também da necessidade de um olhar mais atencioso ao cuidado com o ser humano. Olhando para os novos modelos de trabalho remoto, associados à rotina da casa e da vida das pessoas, elementos como comunicação, empatia e transparência viraram palavras de ordem.

No painel Code Humanity, o “Marshmallog”, um brinquedo antistress do futuro, traz o foco na saúde mental, pontuando o grande aumento da ansiedade e estresse relacionado à questão de saúde e economia causada pela Covid-19. O projeto reforça o método do treino mental chamado “Controle de atenção” – como referência, um bom exemplo é a meditação mindful ou mindfulness.

O painel “Leading Safely + Motivating Empathetically”, foi uma aula de liderança, que nos traz para uma reflexão imprescindível para o hoje e para o amanhã dos modelos de gestão nas empresas. O tema deu luz não só ao momento e necessidade da introspecção, mas à importância de se pensar no todo. Pensar em como está sendo a vida dessas pessoas, vivendo e trabalhando no meio do caos e como podemos nos apoiar, nos conectar de uma forma completamente diferente do que era no passado.

Muito se falou em uma libertação de uma postura “profissional”, que durante décadas foi pautada em uma falsa sensação de total equilíbrio. As pessoas agora podem se permitir mostrar sensibilidade e, por que não, suas fragilidades. Em tempos de pandemia, não é mais incomum e inesperado ouvir um “Hoje não estou bem, vocês podem tocar esse assunto sem a minha presença?”.

A provocação é: passamos a ter uma licença poética temporária para revelar o nosso lado mais humano, mais sensível ou isso passa a valer, de verdade para o nosso futuro?

A conversa entre Yuval Harari e Mayim Bialik, mediada por Niko Woischnik no painel “Why do we fear innovation”, merece um texto à parte. Neurociência se encontrando com a história da humanidade é um daqueles papos que poderíamos ficar horas e horas ouvindo, pensando, depurando e degustando. Definitivamente, é uma conversa para sair com muito mais perguntas do que respostas.

Uma das citações mencionadas e que melhor explica esse debate é de Marie Curie: “Nada na vida deve ser temido, apenas compreendido. Agora é a hora de entender mais para que possamos temer menos”.

Que venha o terceiro dia, na expectativa de mais surpresas e descobertas!

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