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Criatividade e inovação de mãos dadas para repensar o mundo

Como a tecnologia vai guiar mais três décadas de transformações


9 de março de 2022 - 15h09

Crédito: Shutterstock

O maior evento do mundo de tecnologia e inovação já começou em Austin (Texas) – a cidade que mais cresce nos Estados Unidos e que foi eleita o local número um do país para startups. É o South by Southwest (SXSW) 2022, que entre os dias 7 e 20 de março vai se tornar o centro das discussões sobre os desafios de hoje e de amanhã por meio das programações do SXSW Edu (abordando os caminhos da educação) e do SXSW Conference & Festivals. É o momento no qual pessoas criativas e inovadoras se reúnem para compartilhar conhecimento, insights e vivências.

Para este ano, eu estou especialmente animada, porque após ter sido cancelado em 2020 e realizado na plataforma virtual no ano passado, ele volta híbrido em 2022 – é um dos primeiros grandes encontros presenciais pós-pandemia. O contato humano, o olho no olho, a vibração vai ser ainda maior por estarmos todos juntos no meio desse mergulho no universo da inovação.

Posso definir o evento em apenas seis palavras: além da inovação, inclui criatividade, provocação, pluralidade, diversidade e entretenimento. E dar vários motivos para estar presente lá em Austin durante todos esses dias: é uma experiência multicultural, vai nos trazer um cenário do mundo pós-pandemia, promoverá uma verdadeira imersão nas tendências dos próximos dois, cinco, dez e trinta anos, traz visibilidade para as marcas e a grande oportunidade de networking entre grandes líderes brasileiros e internacionais.

Nesta edição, o evento será norteado por 15 tracks, que vão desde mudanças climáticas até a indústria de games. A cabeça fervilha durante todos esses dias e é impossível conseguir acompanhar tudo. Por isso, dividi essas trilhas em grandes temas que eu gostaria de aproveitar esse espaço para fazer algumas considerações.

O primeiro deles é sobre as mudanças climáticas. Adotar ações para reduzir o impacto de fenômenos como a emissão de gases de efeito estufa são urgentes e essenciais. É um assunto que vem sendo falado há pelo menos meia década e o mundo segue cada vez sendo penalizado pela falta de comprometimento de marcas, empresas e da sociedade para deixar uma Terra mais saudável para as próximas gerações.

Porém essa falta de comprometimento acaba pesando para as marcas e para a própria sociedade. As pessoas infelizmente tendem a pensar no curto prazo e por isso, o compromisso com a agenda ESG deve ser cada vez mais forte, pois colocar a mão na massa agora é fundamental para garantir resultados no longo prazo – eles demoram para acontecer.

Uma das palavrinhas mais faladas no mundo nos últimos tempos, o metaverso, também é um dos temas que vai sacudir a cabeça de todos os envolvidos no SXSW. A união do real e do digital já está acontecendo, e já sinaliza de forma clara como será o futuro da internet em um período não muito distante. A geração atual já está com um pé nesse movimento. Meu filho gosta de jogar Roblox e um dia ele me chamou para jogar com ele. Confesso que sei pouco interagir nesse mundo. Fico só vendo ele vibrar com os amigos em casa… Um dia ele me chamou para jogar, entrei e fiquei perdida… não conseguia sair de uma sala do Jailbrake. Foi aí que ele, com toda a sua astúcia de um garoto de 8 anos, me disse: “ mãe, vem por aqui que eu vou te salvar”. Isso é lindo, porque enquanto eu o guio pelo mundo real, ele me guia para me apresentar essa nova realidade virtual e enfrentar os perigos deste mundo.

Aí me questiono: como trazer as causas do mundo para o metaverso? O mundo virtual permite construir realidades diferentes e fico pensando como as pessoas vão lidar com isso no futuro. A linguagem do metaverso deve servir para ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância de cuidar do futuro.

Onde estaremos daqui a 50 anos? Como a tecnologia vai guiar mais três décadas de transformações. Pensar nisso é muito interessante, mas uma coisa é fato: precisamos agir agora, por meio da inovação e da aceleração da agenda pautada pelo tripé ambiental, social e econômico para proporcionar um mundo melhor para todos.

Além do metaverso, da pauta das mudanças climáticas, do olhar para 2050, não podemos deixar de analisar questões ligadas à geopolítica. Estamos vivendo um momento delicado, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, na qual, por trás dela, há uma série de interesses envolvidos. Então me pergunto: como a gente garante o funcionamento da democracia enquanto sociedade? Uma das grandes “armas” que a humanidade tem nas mãos é o voto, mas todos têm consciência para usar?

Nos Estados Unidos, na eleição presidencial anterior a de Joe Biden, muitos americanos não foram votar – lá o voto não é obrigatório, diferentemente do Brasil – e Donald Trump venceu as eleições. Aqui, as pessoas são obrigadas a expor suas convicções por meio das urnas, mas até que ponto elas se informam e se preparam com conhecimento para esse momento tão importante?

É no caldeirão dessas temáticas que o mundo estará imerso em Austin nestes 15 dias. E algo que me orgulha muito é que o Brasil marca presença sua presença criativa no SXSW. Junto comigo irão quatro grandes nomes do país, que irão subir ao palco para falar sobre o que o Brasil está fazendo para dar sua contribuição na melhora do planeta.

Mas esse é um assunto que rende mais mil outras novas discussões durante o ano todo. Enquanto isso, meu convite é: bora viver tudo isso juntos?

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