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Data vs Instinct

O rumo que a conversa tomou encontra muito eco no que a gente sempre acreditou e defendeu na New Vegas


15 de março de 2022 - 15h45

Crédito: Thais Monteiro

Meu processamento sobre o painel Data vs Instinct: Making Creative Decisions, com 4 profissionais de diferentes bagagens – Melonie Parker (VP e Chief Diversity Officer no Google), Amber Chenevert (Diretora de Grupo, Estratégia e Insights e Líder do Estúdio de Cultura da VMLY&R), Karla Davis (VP de Marketing da Ulta Beauty) e Karen Boswell, é longo.

A primeira coisa que a gente pensa quando ouve o nome do painel Data vs Instinct: Making Creative Decisions é num clash antagônico de tecnologia e humanidade. De dashboards inteligentes de dados versus um estudo de como nosso sistema límbico é tão poderoso quanto. Mas não é nada disso.

É sobre diversidade.

Não dá pra negar que, sim, talvez eu quisesse ver um pouco de ciência bruta nesse painel, mas o rumo que a conversa tomou encontra muito eco no que a gente sempre acreditou e defendeu na New Vegas. Há anos.

Instinto não é necessariamente sobre ouvir o que tá no seu coração, o que mexe com suas vísceras, o que acende seu sexto sentido. Instinto é contar com o maior número possível de pessoas com diferentes vivências, origens e recortes sociais na sua equipe. E permitir que esse sistema complexo de cada um possa aflorar nas discussões e construções de ideas que vão pra rua. No exercício de olhar para o problema por diferentes ângulos.

Quando se tem isso, a tecnologia é um facilitador na busca e análise de dados que possam ampliar, comprovar ou mesmo derrubar estas hipóteses. A tecnologia não é o fim, mas o meio do processo ficar ainda mais resistente à complexidade do mundo de hoje.

Como disse, Melonie Parker, Chefe de Diversidade no Google, “a busca é que, a partir dessa complementaridade, o processo criativo encontre ideias que não apenas se encaixam na cultura, mas que agreguem na cultura”.

Muitas vezes para encontrar a forma de agregar na cultura é conversar com outras pessoas. Nossa indústria precisa entender que a sua perspectiva não é suficiente para criar ideias que conectem de fato com as pessoas. Como disse Karen Boswell: “não foi com dados de pesquisa sobre jogadores online que fizemos a ação da Wendy’s no Fortnite, foi jogando de verdade com eles”

Componentes culturais são determinantes. O que era garantido ontem, bem… hoje pode não ser mais. Mas sabemos que nem todos os lugares ainda contam com equipes diversas e que muitas vezes você é a única mulher na sala ou o único negro na equipe. Diante desse foi feita a pergunta: “como encontrar coragem quando se é a única voz diferente na sala?”

“Sim, pode dar nos nervos, pode mexer com seu emocional, mas não será pior se você não falar.”

“Faça o uso estratégico da indagação. Ao invés de destruir a ideia, faça perguntas de como ela pode se sustentar. Faça os outros refletirem através da sua indagação.” (Melanie, CDO @ Google)

No final é sobre perspectivas.

Como disse Brené Brown na premiére de sua série da HBO Max: “não é apenas sobre ouvir o outro. É sobre acreditar no que essa pessoal diz.”

E como tudo é sobre conectar pontos aqui, deixo uma frase do Keynote de Robot Bhargava (nada demais, just for the record):

“The people who understand people always win.”

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