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O que a CES indica para os outros eventos em 2022

Apesar da desistência da participação de algumas grandes empresas, evento sinaliza a possibilidade dos encontros da indústria sob protocolos de segurança


2 de março de 2022 - 14h56

Evento voltou a reunir a indústria de tecnologia e consumo nesta semana, em Las Vegas (Crédito: Consumer Technology Associationn)

Do Advertising Age

A edição de 2022 da CES trouxe um aviso para o circuito de eventos deste ano, indicando que não são todos que estão prontos para retomar os eventos presenciais. Ainda assim, não significa que as marcas devam abandonar a ideia em 2022: elas precisam apenas se planejar melhor.

O SxSw, um dos festivais mais importantes da indústria da mídia e tecnologia, realizado em Austin, divulgou um comunicado de que manterá a versão presencial do evento, junto com um conteúdo digital, em março. Enquanto isso, marcas que desistiram de comparecer presencialmente em Las Vegas, como a LG Electronics, ainda tem planos de enviar equipe para a Kitchen and Bath Industry Show em Orlando, em fevereiro.

Os líderes das áreas de marketing e eventos já estão de olho em Cannes, em junho. E há, também, eventos novos que vêm despertando o interesse da indústria, como a NFT.NYC, que fez sucesso entre os criptoempreendedores no ano passado. A programação, por enquanto, está cheia, apesar de algumas dúvidas, como o Grammy Awards, cuja edição, inicialmente marcada pra 31 de janeiro, foi adiada para data ainda não definida, e o E3 e o Sundance Film Festival, que acontecerão apenas em formato virtual.

A onda de Covid-19 trazida pela variante ômicron levou muitas empresas a desistirem de participar da CES. Grandes marcas de eletrônicos, como LG, Lenovo, Panasonic, Google e Microsoft acabaram optando por não participar do evento em cima da hora, deixando espaços vagos no centro de convenções.

Geralmente, cerca de 170 mil pessoas comparecem à CES. No ano passado, o evento aconteceu apenas no ambiente virtual, por conta da pandemia. A Consumer Technology Association irá divulgar os números da edição de 2022 nos próximos dias, mas, pela percepção de quem esteve no evento, as filas eram menores e os saguões dos hotéis estavam menos lotados do que de costume.

Apesar dos problemas, a CES também foi um prenúncio de como os evento podem acontecer, com os participantes fazendo uso de máscaras e completamente vacinados e das organizações investindo em testes de Covid. Mesmo que o público da CES deste ano tenha ficado em dezenas de milhares de pessoas (e não centenas de milhares, como nas edições anteriores), o evento ainda será um dos maiores encontros da indústria desde o início da pandemia.

“Esses eventos podem acontecer de forma responsável e a CES mostrou isso. As pessoas estavam usando máscara. Eles têm sido muito diligentes com os protocolos. Tudo estava muito organizado”, disse Roxy Fata, chief operating officer da Infinite Objects.

Fata foi a única membro da empresa a comparecer a CES, depois de a companhia ter desistido de comparecer presencialmente ao evento. A profissional fez uma palestra em um simpósio da programação e permaneceu por cerca de 23 horas na cidade. Segundo ela, sua estadia no hotel custou a metade das taxas habituais. “Valeu a pena, com certeza”, declarou.

Ainda que muitas empresas mantenham os cuidados extras de não pressionar seus funcionários a participarem de conferências presenciais, há outras empresas que estão se preparando para quebrar a quarentena. Marcas e profissionais de marketing participam de eventos ao vivo, como a CES, para fazer networking e também para acompanhar as mais recentes inovações. Durante a pandemia, as companhias tiveram de se adaptar; agora, com a retomada dos eventos ao vivo, elas devem também estar prontas para ter uma alternativa virtual caso os planos mudem de repente, de acordo com Laura Mignott, CEO da D-Flash, agência sediada em Nova York.

A profissional diz que as empresas tem que avaliar os riscos que pretende correr Laura pretende ir ao Cannes Lions em junho, um dos principais eventos para a indústria de publicidade. “Nossos clientes não estão se esquivando. Mas também estamos procurando coisas que fazem sentido, que se alinhem com marcas que entendem o que acontecem nos últimos dois anos e meio”, declarou.

Laura ainda não decidiu se estará no SxSw, em Austin, neste ano, porque ela protestou contra a lei anti-aborto que foi aprovada no Texas no ano passado. Os organizadores do SxSw esperam que os shows atraia as pessoas para a cidade em março, já que o festival é um dos principais motores econômicos e culturais para a comunidade criativa. “O SxSw está avançando para um evento presencial com opções adicionais de participação e experiências”, declarou um porta-voz do evento, em comunicado divulgado esta semana. “Reconhecendo que o cenário da Covid-19 muda rapidamente, o melhor que temos a fazer é continuar trabalhando em parceria com a cidade de Austin e as autoridades de saúde da cidade para definir os próximos passos”, declarou a organização.

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