Meio&Mensagem

Thaís Monteiro
11 de março de 2022 - 6h00

As ruas vazias, ainda com poucos transeuntes ao redor do Centro de Convenções de Austin e mesmo dentro dele não dão a ideia do movimento que está por vir. Até a véspera do início do festival, apenas alguns cartazes estendidos em postes de luz e em alguns estabelecimentos lembravam que em breve uma ainda tranquila Austin seria tomada por milhares de pessoas. Pela primeira vez em dois anos, o South by Southwest volta a ser presencial nesta sexta-feira, 11, e já conta com participantes de mais de 75 países credenciados.

Em 2020, o festival foi cancelado pela prefeitura para não colocar a cidade texana em risco por conta da pandemia, já que ela não registrava casos de Covid-19 em março daquele ano. Em 2021, uma edição online foi realizada, porém com a maioria dos conteúdos pré-gravados. Este ano, o SXSW acontece de forma presencial e com alguns conteúdos transmitidos online e outros exclusivos para o digital, mas esses últimos envolvem mais shows de artistas internacionais e filmes disponíveis para consumir a depender da localização.

Esse um ano em que a organização decidiu e começou a planejar o SXSW 2022 contribuiu para que mudanças fossem aplicadas à programação. Em termos de formato, o evento ganhou os Summits, uma modalidade de painéis menores do que os Panels, com menos speakers e menor tempo de duração. Os temas incluem investimento, espaço, o futuro do trabalho, de VR, esportes, cannabis e psicodélicos.
Já em relação à programação, foram criadas as trilhas “2050”, “Climate Change” e “Transportation”.

Se não foi possível prever os anos de 2020 e 2021, a track 2050 se propõe a ser a “casa” do longo prazo e de um quadro maior da sociedade, além de capturar o que foge do limite do humanamente possível e mostrar como o pensar inovador pode ser uma força de impacto positivo no mundo. Curiosamente, é a track que os brasileiros estão mais animados para ver, segundo Tracy Mann, responsável pela área de desenvolvimento de negócios do SXSW para o Brasil.

A track “Climate Change” aborda a urgência de assumir ações no combate ao aquecimento global e cita as consequências da crise climática, como o aumento da temperatura, aumento dos níveis dos oceanos e extinções. Apesar da existência dessa trilha, Hugh Forrest, Chief Programming Officer do SXSW, diz que a sustentabilidade perpassa todas as discussões, assim como a tentativa de pensar a longo prazo. Já “Transportation” trata sobre como a tecnologia e inovação estão mudando drasticamente os sistemas de trânsito pelo mundo.

Confira os keynotes e speakers anunciados.