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A experiência do evento no conforto de casa

A tecnologia facilitou e muito a parte interativa, desde um tour pelo festival até cinema virtual, tudo em VR


17 de março de 2021 - 17h08

Este está sendo o meu primeiro SXSW e o fato dessa vez ser um evento online me permitiu fazer parte e viver, mesmo que de casa, a experiência maravilhosa de ver tanta coisa legal sendo discutida por pessoas do mundo inteiro.
Sobre a experiência repousa a dualidade de tudo que o digital tem nos proporcionado nesse último ano de isolamento. De um lado, o privilégio de poder aprender tanto sobre temas diversos e pessoas inspiradoras e se descobrir fascinado por temas que pareciam tão distantes da nossa realidade; a facilidade de se locomover entre uma sessão e outra (para uns mais ousados, até mesmo de estar em dois lugares ao mesmo tempo) e até mesmo de fazer uma pausa e retomar do mesmo ponto em alguns casos. Por outro lado, o tempo contínuo de tela, as dificuldades técnicas e as tarefas cotidianas que insistem a se sobrepor nos lembram que não estamos mais no Texas. Cansativo, mas enriquecedor.

Para os iniciantes, como é o meu caso, as expectativas são mais realistas e não tem aquela saudadezinha de viajar que muitos devem estar sentindo. A novidade por si só e as imensas possibilidades já fazem o serviço no que se diz respeito a experiência. Confesso que por um momento me preocupei, algo me dizia que seria um dia longo de fadiga de zoom, sem muita troca, bem unilateral.

Me enganei, a tecnologia facilitou e muito a parte interativa, desde um tour pelo festival até cinema virtual, tudo em VR. Os chats também têm sido essenciais e oferecido diversas trocas, porque no fim das contas as pessoas que fazem a experiência. Tive a confirmação disso em uma sessão que participei com criativos e estrategistas da TwoLine Studios e Breakthrough Play que trouxeram uma dinâmica em que fazendo o uso positivo da nossa criatividade, conseguimos vencer o medo da falha.

(Créditos: divulgação)

A atividade consistia em fazer alguns rabiscos abstratos e transformar ele em seu monstro, visualizar ali seu medo (qualquer que seja), seguido de uma mentalização de nossos melhores momentos de calma e confiança, quando não racionalizamos, apenas agimos, e então realizar o exercício de canalizar essa nossa versão e assim ridicularizar o monstro e usar nossa imaginação de forma positiva no processo de tomada de decisões.

Que. Negócio. Bacana.

Foi quase uma meditação guiada, com uma aplicação simples por meio de doodles, mas que trouxe insights poderosos e muita troca legal entre os palestrantes e participantes de tantos países, que dividiram relatos muito inspiradores.

Um deles me marcou pelo dia e se encerrava com a seguinte frase: “A recompensa é muito maior que o medo”. E então, sabendo que esse formato digital pode se tornar um tanto overwhelming e cercado pelo FOMO, que sorte a minha já começar essa experiência com um lembrete de que o melhor do SXSW é poder estar vivendo o SXSW, mesmo que do sofá da sala.

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