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Transformações: o mundo mudou, eu mudei e o SXSW também

Ganhamos uma plataforma e um painel que permite acessar todos os conteúdos ao mesmo tempo. Por isso, de cara, o tal do “FOMO” tomou conta de mim


17 de março de 2021 - 17h52

Ter insights e participar do SXSW é quase um pleonasmo, mas confesso que depois de ter ido a Austin, em 2019, antes do ano da transformação global em 2020, com evento cancelado, sim, fez sentido ressignificar 2021. Estava apreensiva de como seria a experiência. Bobagem? Não! Foi mesmo diferente! Afinal, o mundo mudou, eu mudei e o SXSW também.

(Créditos: alexas fotos/pexels)

Ganhamos uma plataforma e um painel que permite acessar todos os conteúdos ao mesmo tempo. Por isso, de cara, o tal do “FOMO” (fear of missig out) tomou conta de mim. Passei os primeiros 30 minutos em um entra e sai de canal em canal. No presencial, isto teria me custado léguas.

Para conter meu FOMO, “sentei” para assistir a Adriene Mishler: Befriending the Breath. Aprendi e relembrei como a respiração que faltou para tantos foi minha companheira nessa temporada e virou hábito.

Outros insights aconteceram na Voice is Transforming our Online Presence. Why?, com Deborah Pardes. A voz está quase ausente das mídias sociais. Escrevemos em abreviações e quase não falamos mais, estamos substituindo nossa capacidade de demonstrar emoções pelos emojis. Na boa, já que abraços estão suspensos, minha voz pode ser uma ferramenta incrível.

Uma expressão que me chamou atenção foi “Build or Die”, usada algumas vezes pelo CEO do Twilio, Jeff Lawson: times grandes tendem a não funcionar. Ao invés de montar uma equipe enorme com um único objetivo, forme 10 times menores, com 10 missões diferentes ligadas ao objetivo comum (build). Em um time pequeno, todos estão próximos ao líder. Ou as empresas fazem isso ou não vão sobreviver (die).

Aí começou a parte hard, black mirror de sempre, com Amy Webb. No site (futuretodayinstitute.com) você encontra as tendências tecnológicas 2021. Entre tudo que ouvi, os avanços na Biologia Sintética formam o impactante ‘To live, to err, to fall, to triumph, to recreate life out of life’. Amy ressaltou limites e questões éticas: “Neste momento, estamos em um quarto escuro. Não sabemos quantos e quais serão os benefícios e riscos a longo prazo… À medida que a vida fica mais “artificial”, as agências reguladoras precisarão estabelecer as regulamentações adequadas em tempo hábil.”

Será?

Termino com uma respiração longa e transformadora.

Amanhã tem mais.

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