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George W. Bush: o pintor é melhor do que o ex-presidente?

No terceiro dia do SXSW 2021, o ex-presidente voltou ao debate público para apresentar seu ponto de vista sobre as políticas de imigração e criação de novas leis trabalhistas aos estrangeiros


18 de março de 2021 - 18h45

Desde que deixou a presidência dos Estados Unidos, em 2009, George W. Bush se manteve relativamente distante dos holofotes e do turbulento cenário político que se formou no país ao longo dos últimos anos. No terceiro dia do SXSW 2021, ele voltou ao debate público para apresentar seu ponto de vista sobre um dos temas mais sensíveis da economia global e americana: as políticas de imigração e criação de novas leis trabalhistas para profissionais estrangeiros.

(Créditos: Aaron Kittredge)

As ideias apresentadas no painel, conduzido por Evan Smith, CEO do Texas Tribune, foram a inspiração do livro Out of Many, One: Portraits of America’s Immigrants, coletânea de perfis e retratos em óleo assinados pelo ex-presidente (sim, as pinturas foram feitas pelo próprio Bush). Com lançamento previsto para o dia 20 de abril, a obra traz histórias de imigrantes que conquistaram o chamado sonho americano — gerando empregos e prosperidade ao seu redor durante o processo.

Em uma visão que traz um contraponto direto (e uma crítica indireta) ao último ocupante republicano da Casa Branca, Bush ressaltou a importância da multiculturalidade e da globalização para o desenvolvimento econômico e para o fortalecimento de ecossistemas de negócios. Como exemplos, ele citou casos de personagens que exerceram grande impacto na cultura, na política e na economia americana, como Arnold Schwarzenegger, Madeleine Albright, ex-Secretária de Estado do governo Clinton, e Hamdi Ulukaya, fundador da marca de iogurtes Chobani. “É muito difícil separar o debate político das questões sobre imigração. Mas é preciso pensar que o que é melhor para a economia e melhor para o nosso país”, afirmou.

Apesar das tentativas de esquiva durante o debate, os questionamentos sobre as últimas eleições foram inevitáveis. Sobre a invasão do Capitólio, ele se declarou enojado. O momento mais incisivo, no entanto, aconteceu quando Bush foi pressionado a dar uma resposta simples e objetiva sobre sua crença em uma eventual fraude ou “roubo” das eleições. A resposta foi um sonoro “não”. Para os mais otimistas, um lampejo de esperança para discussões mais honestas sobre democracia e processos eleitorais no futuro.

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