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SXSW online: balanço do primeiro dia

O que se ganha e o que se perde com a mudança para o online do evento


17 de março de 2021 - 14h53

Estamos há um ano da semana em que cancelamos passagem, hospedagem e ansiedade para o SXSW 2020. Junto com um dos primeiros eventos cancelados no ano passado, perdemos também a chance de viver uma última aglomeração em Austin por aqueles dias. E essa é uma parte fundamental da vibe do SX, quando se sai dos hotéis e salas de conferência. Agora, com uma versão 100% online, você me pergunta: e aí, tá valendo a pena?
Ainda não sei responder. Prometo que voltarei com a resposta. Por enquanto, vamos ao balanço atual.

(crédito: divulgação SXSW)

O que se perde?

Viver Austin

O conteúdo é parte da inovação que o SXSW promove. Ao mesmo tempo em que as palestras ocorrem em ritmo frenético, rodam também os festivais de cinema e de música. A cidade é tomada por visitantes focados nos shows e exibições de filmes que acontecem todos os dias. São os personagens mais ‘fora da caixa’, sem sombra de dúvidas. Fazem falta.

O FOMO tá muito on

Ao mesmo tempo, às 12h15 no horário de Brasília: palestra com top executives da Shondaland, que recentemente explodiu com Bridgerton na Netflix; conversa com a Gerente Geral do Tik Tok sobre mudança cultural via conteúdo digital; e um painel com os diretores criativos da campanha Biden-Harris. Essa agenda lotada é muito o SXSW. Mesmo no online, continuamos tendo que fazer escolhas sobre o conteúdo a ser assistido.

A tensão do ao vivo

Ao contrário do que se imagina, a maioria das palestras do evento foi gravada anteriormente e tem no horário marcado apenas uma contagem regressiva para sua “data de estreia”. Interessante pois facilita muito a operação do evento e a edição de elementos na apresentação (quando algo é mencionado por um painelista, já vai pra tela), mas tira uma tensão importante da palestra ao vivo e, pior, impede a possibilidade de tirar dúvidas na lata (apenas pelo chat caso algum painelista esteja acompanhando).

A atualização da realidade virtual

Ainda tenho grande expectativa sobre como a demonstração de realidade virtual será tratada esse ano, já que a parafernália (óculos, fios, sensores etc) não estará presente. Os apresentadores terão de usar os recursos de hardware que temos em casa para qualquer demonstração. Vão ter que fazer mágica com o celular e o notebook.

O que se ganha?

O fim das filas

Assim como o trânsito nas grandes cidades, o problema das filas foi parcialmente solucionado no mundo online. O formato confortável em que já estamos acostumados vai ser a cara dos seis dias do evento: pular de reunião em reunião. Testado e aprovado, meu tempo agradece.

Exclusividade e acesso

Ainda que o evento tenha o ar morno de uma conferência online, o line up não deixou a desejar. Grandes marcas, nomes da política americana atual e sessões dos mais variados tipos compõem a grade do evento.

Palestras para assistir mais tarde

Longe de ir ao acervo de reuniões gravadas (RIP), as palestras do SXSW, que não passam de 60 minutos, estarão disponíveis para assistir on demand. Mas já alertaram: nem todas.

Mentorias de 5 minutos

Esse ano foi lançado o formato de sessões online rápidas com mentores/líderes de diversas áreas. Você agenda um papo pelo site do evento e troca uma ou duas ideias sobre o assunto. Dei uma olhada nos profissionais e tem um pouco de tudo!

Direct connection requests
Ganhamos a possibilidade de agendar reuniões ou conectar diretamente com outros participantes via site do SXSW. Me pareceu facilitar encontros objetivos de negócios — a essência do home office no último ano.

Por enquanto é isso. Volto em breve.

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